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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Loba







Loba

Se me vejo loba em meio a tantas feras

Em silencioso bando, na mata florida,
Parece que aconteceu em outras eras,
De um tempo em que brigava pela vida...

Foi um período, uma vida dolorida,

Que se renovava nas doces primaveras,
Que modificavam as paisagens severas,
Um ontem buscado na mente esquecida!

Meu olhar de loba, passeia pensativa,

E todos notam minha envergadura altiva,
O brilho de minhas presas de puro marfim...

E sendo loba, eu brinco, corro, sou calma,

Ninguém vê o que vai dentro da alma!
Ninguém vê a fera, que existe em mim!

( Betânia Uchôa )


 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Linha de tempo


Linha de tempo


Já se faz alguns anos
Que lhe vejo passar
Semblante sério, curioso
Olhar profundo, buscando...


Sigo seus passos com o olhar
De forma compreensiva,
Vejo sua frágil figura
Mas ainda alheio a paisagem


Corpo cansado pelo tempo
Sem consolo, lhe resta resignação
Mente viva, livre a voar...
Livre de peso, livre de amarras


Se buscando,
Se encontrando,
Nesta linha de tempo,
Onde ele possa acompanhar,
divagando, passos leves...
Sua mente, veloz a correr.

Betânia Uchôa

domingo, 19 de dezembro de 2010

A vida


A vida

a vida não nos brinda só com a bebida da alegria...há erros, dor, insatisfação e toda uma tonelada de sentimentos, bons e maus que carregamos nos ombros...afinal somos humanos.
Betânia Uchôa

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vendo a vida acontecer


Vendo a vida acontecer

Quando paramos de correr, na pressa do dia a dia e começamos a observar ao redor, somos tocados pelas maravilhas da vida, vemos como perdemos tempo.
Sento-me no banco de uma praça, perto de casa ou longe talvez, vejo a criançada brincando e posso sentir a alegria no balançar do balanço indo para frente e para trás, com toda a euforia. Posso sentir o coração batendo no ventre volumoso da mulher que passa, posso até imaginar a criança sendo embalada pelo passos ao caminhar. Ainda vejo o casal que se encontra no final do dia, sinto o amor naquele beijo apaixonado. Sinto o entendimento no olhar festejado.
Quando vejo a criança que cai, sinto também, ao olhar seus olhinhos inchados o peso das lágrimas que caem feito cachoeiras...Ah! isso é vida. Observar a vida é isso, sentir com os olhos e enxergar com emoção, a vida acontecer.
Betânia Uchôa

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pessoas




Pessoas

Há pessoas que não encontram
no decorrer de suas vidas,
um sentido, algo que lhes
dê contentamento, nem chegam
aos lábios, a bebida da alegria.

Há pessoas que vivem abastadas
em um meio cheio de riquezas
mas trazem no peito tristezas,
e o dinheiro não compensa essa
falta de alegria.

Há pessoas, que são boas,
e em sua bondade, são generosas
cada sorriso doado, volta
em proporção ao tamanho
do seu coração.

Pessoas boas e sinceras
te olham nos olhos, refletindo
esse sentimento nobre,
todos os dias....fazendo a diferença
em nossas vidas.

Betânia Uchôa

terça-feira, 27 de julho de 2010

A fornalha de pão

A fornalha de pão

Hoje recebi um convite dos mais especiais, desses que nos abraçam a simples lembrança.
O convite partiu de uma amiga, ela me convidou para ir provar o pão que estava assando no forno. Sei que parece estranho, e para toda uma maioria esse convite é dos mais simples e sem grandes surpresas. E é até verdade se pensar-mos assim, pois poucos hoje fazem convites modestos e ainda mais estranho por eu está tão ansiosa e com evidente alegria.
Agora vamos pensar com o coração, e imaginar o trabalho que essa amiga teve em fazer a massa, sovar bem para que ela fique macia e leve, observar ainda o período de descanso em que o ponto certo faz toda uma diferença, imaginaram? E ainda que para fazer essa massa ela cantarolava canções belíssimas com sua linda voz e ainda depositava ali em seu trabalho voluntário, prazer e amor, e agora? Abençoado o pão dourado que sai do forno e se multiplica pela boa vontade de quem o prepara. Será que este convite mudou um pouco o seu valor?
O nosso pão de cada dia, é um dos alimentos mais antigos, e tem valor religioso, pois foi com o pão que Jesus Cristo o fez multiplicar para matar a fome dos fiéis e foi ainda com o pão que Jesus Cristo dividiu com os apóstolos em sua última ceia. Se vermos a mensagem de amor através do alimento, o pão com certeza é um símbolo de amor, amor que compartilhamos em família, com amigos e estranhos. O pão faz parte de nossa primeira refeição diária, parece até que recebemos com ele uma carga extra de amor, e não é à toa que muitos o chamam de " o pão nosso de cada dia". e ai como está a cotação do convite feito por minha amiga? Será que essas informações fizeram você, leitor, valorizar esse alimento que está em nossa mesa todos os dias? E quando recebermos um convite para saboreá-lo na casa de amigos e mesmo em família? E agora? que tal aprendermos a fazer um delicioso pão caseiro, colocarmos bastante amor e prazer, e convidar os amigos e familiares para saboreá-lo?

Está ai a fonte do prazer e da vida.
Betânia Uchôa

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os Oito

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Atras do Muro




Temo pelas crianças hoje no mundo,
Expostas ao crime e ao sexo itinerante
E na ignorância descem até o fundo,
E nada voltará a ser como foi antes,

Temo pela vida, que gira em segundos
Nada é como foi a esse exato instante,
Duvida? veja como está o mundo,
Receio que nada será como dantes,

Temo pelo próprio ar, deixou de ser puro,
Vivemos escondidos por dentro do muro,
Só os olhos passeiam através dele, além,

Temo pela violência e mortes assombrosas,
Não mais se ver os canteiros de rosas,
E todos procuram a culpa em alguém.



Queridos amigos,
Trago esta triste poesia hoje, ela é triste pelo sentimento de profunda decepção, medo, revolta e posso buscar outros tantos dentro mim para o que se passa hoje com relação aos nossos pequenos. A violência sexual, as drogas e tudo o mais que vem acontecendo com o futuro, sim o nosso futuro, pois o nosso futuro são eles e eles estão escapando de nossas mãos e se perdendo. Esse é apenas um pequeno desabafo, mas que vem com um pedido de reflexão.

Betânia Uchôa

domingo, 23 de maio de 2010

O venerável e o reverendo



Com passos firmes seguindo solitário pela noite silenciosa e já meio afastado das comemorações ocorridas naquela noite na loja maçónica. De repente o venerável viu logo a frente e sob a luz de um poste, um malandro e ainda sem notar a sua presença, houve tempo para pensar rapidamente e agir. Ele retirou do bolso o balandrau ( Se assemelha a uma espécie de batina, dessas usadas na igreja católica) e se vestiu rapidamente e continuou levando na outra mão a Bíblia Sagrada (também usadas em reuniões maçónicas) e se dirigiu ao malandro que já vinha em sua direção.
O malandro confundindo-o com um padre (o que era realmente sua intenção), o indaga e mantém o seguinte diálogo:
--- Boa noite reverendo...o senhor por aqui e as essas horas?
--- É meu filho, Deus não escolhe hora para levar seus filhos ---- respondeu o reverendo --- Acabo de dar a extrema-unção.
--- Sua bênção reverendo.
O reverendo numa postura correta, ofereceu a mão para que seja beijada e segue em frente.
Algumas centenas de metros depois, o venerável se desmancha em risos e segue adiante.
Betânia Uchôa